domingo, 19 de setembro de 2010


Sei o quanto pode ser dificil olhar pra ele, na sua frente, tudo que você, literalmente sempre quis. Sei que pode ser dificil se conter e manter a postura porque você sabe, acabou. E sempre será dificil ouvir suas amigas falando ‘olha aquele ali, lindo não é?’, você assente mesmo não querendo. Porque ninguém mais te interessa e te desperta felicidade. Você sente que ninguém pode te fazer feliz como ele te fez. E pensar que os verbos de todos os textos que você escreve sobre ele estão no pretérito, te faz querer chorar. Porque foi como sua professora te disse: o passado é o que já foi. Não volta.

somentepalavras:


Ele: Quando foi que você me esqueceu?

Ela: Em um momento que você não estava por perto pra perceber.

Ele: Você não pode ter me esquecido em tão pouco tempo.

Ela: Onde foi que você se perdeu? Em que lugar do passado você parou?

Ele: Eu não me perdi!

Ela: Então você deveria saber que não foi em tão pouco tempo!

Ele: O que você sentia por mim não era real pra você me esquecer tão facilmente.

Ela: Não foi fácil, eu lutei durante meses. Se você se importasse teria percebido.

Ele: Eu não achei que seria assim.

Ela: Seu erro foi achar que eu estaria sempre aqui esperando por você.

Ele: Quem foi que fez você me esquecer?

Ela: Você!


Então talvez eu seja uma tola. Sim… E tira esse sorriso do seu rosto porque eu admiti ser tola. Eu sou tola, mas e você? Um completo idiota, não sabe o que quer de nada, tá sempre jogando no ‘talvez’ ‘quem sabe’ ‘pode ser’ e nunca sai do ‘tanto faz’. Tenta se destacar, me maltratar, tenta se tornar aquilo que meu passado hoje chama de tragédia. Tenta me jogar no chão, mas na hora me pisar, eu me levanto rapidinho e saio andando. Você diz que eu sou maluca, bipolar e me quer sempre de um jeito diferente. Esqueceu que eu não tô afim de agradar a todos. Me chinga baixinho, me puxa com força e me joga na cama com maldade. Me beija com sede, briga comigo com ódio e me odeia com muito amor. Você diz ser insuportável me ter do seu lado, eu digo que a gente não combina e você não diz nada. Você tenta passar a imagem de auto-suficiente, que não precisa de mim mais, que nunca precisou e que eu sou avulsa pra você. Tenta passar a imagem de que com ou sem mim sua vida tá ótima. Quero ver você passar um dia sabendo que não me tem mais, sabendo que você não pertence mais a alguém forte e poderosa que nem eu. Pago pra ver como você fica sem mim. Quero ver você se virar sem mim quando for pra fazer o café, quando for na hora do almoço. Quero ver com quem você vai conversar, com quem você vai brigar e se apaixonar todo dia. Meu bem, se você ainda não percebeu, tem milhões de idiotas iguaizinhos você lá fora. Mas eu escolhi o idiota número 1009377856389, você. E porquê? Se eu te contar que nem eu sei. Por isso digo. Sou uma tola. Logo você!

Do começo ao ... alzeimer?

Você já se esqueceu de como era no começo
Quando você sabia de tudo e ninguem sabia de nada
Havia a esperança que algo pudesse acontecer
Sem sabermos de que nada seria como queremos
De mãos dadas num dia, no outro era como se nada tivesse ocorrido
Elogios, expectativas, canções de amor
Depois do erro, disso nada restou
Você já se esqueceu de como era no começo
Por isso você diz que nunca ninguém te amou.

domingo, 5 de setembro de 2010

Não passa de um chato, idiota.

Você é chato, idiota, e eu te odeio. Você não tem papo, só sabe conversar quando esta bêbado e ainda sobre assuntos que me lembram o passado, você não percebe o quando você fica ridículo assim? Anda no meio das meninas como se fosse o príncipe encantado, mas nem cavalo branco você tem.
Sua risada me cansa, ela é tão cafona, da vergonha de alguém ouvir você rir ao meu lado, se vai fazer o retardado que não acabe com a minha reputação. Você vive fazendo tudo errado, sou obrigada a ficar corrigindo você a cada segundo, to cansada já.
Porque você não some direito? Não aparece nunca mais? Porque sumir por alguns anos e voltar de repente judia de mim, eu esqueço de como cuidar de você e ai tenho que começar tudo do zero.
Você tem bafo, chulé, dente torto, cabelo oleoso, pele ferrada e fala mole demais, isso só por cima, to reparando mais em você e ta difícil achar algo que preste. Mas você pega mulher, vai entender, eu queria saber o que se passa na cabeça dessas garotas, no mínimo são vagabundas e novinhas, daquelas que topam tudo pra depois correr contar pras amiguinhas, quero só ver pegar mulher de verdade, não agüenta.
- Se toca e te rala da minha vida, mané.
Eu falo isso e você ri, se você acha que eu to falando assim porque to com ciúmes, pense outra vez, você realmente acha que eu teria ciúmes de você? Só porque você foi o primeiro que fez meu coração disparar? Só porque esse jeito desleixado, falando tudo errado é capaz de me fazer delirar? E porque nem me importo, você pode ser o torto que for, o mala que for, eu vou continuar do seu lado seja pra rir, xingar ou falar besteira? Eu sei, eu poderia estar em qualquer outro lugar, mas sair daqui acaba ficando difícil, você sempre demora a voltar e se não tiver bêbado nunca fala comigo, por isso mesmo que depois eu me arrependa aqui eu fico, mas não vou ser boazinha, não vou me derreter, não de cara, mas você sabe, você sempre soube.
Mas nem por isso de risada da minha cara, nem por isso pense que me conhece tão bem, eu não falo nem demonstro tudo o que eu sinto, e quando digo que te odeio é verdade, pode não ser pelo motivo que eu gostaria, mas ainda há um motivo.
O motivo é que todos os seus defeitos me fazem gostar de você, todo esse seu jeito chato que todo mundo reclama me chama pra perto e todos esses seus sumiços e voltas repentinas fazem meu coração bater cada vez mais por você, e por não conseguir me controlar, nem mentir e não fazer papel de idiota, eu te odeio. Porque a culpa não é minha, ela é sua, o idiota aqui é você.
Agora para de rir e sai daqui seu besta, sai logo antes que eu me acostume com você ao ponto de sentir a sua falta quando você sumir, seu fedido.

Das coisas que eu não queria dizes (é mais forte do que eu)

- Ele é um tosco, idiota. Não sei como pude o amar por tanto tempo, não sei.

Palavras programadas para sair de minha boca quando alguém duvidava que eu o houvesse esquecido, além delas, ainda acrescentava um “olha só pra ele, eu devia estar cega, nem tão bonito é”. A verdade é que todo mundo se preocupava comigo, pois assim como eu todos sabiam que meu amor por você jamais acabaria, e que de você eu nunca me esqueceria, e por mais que eles achassem besteira eles sabiam que existia um ‘pra sempre’ em nossa história, ao menos pra mim e mesmo sem ter o ‘felizes’ antes dele. Mas quando eles me perguntavam de você não queriam ouvir de mim que apesar de tudo, mesmo com você tendo mudado tanto eu ainda te amava, eles não queriam saber que mesmo sem você se comunicar comigo e muito menos demonstrar um sentimento por mim eu ainda pensava em você toda noite antes de dormir. Eles sabiam disso dentro deles, mas não conseguiam entender e por isso comecei a negar.
Confesso que por muitas vezes acreditei nessas falsas afirmações que saiam de minha boca, assim como meus amigos e conhecidos, eu às vezes também não entendia como podia sentir tudo isso aqui dentro ainda mesmo com tanto tempo tendo passado, tanta coisa mudado. Eu sempre soube que os sentimentos não podiam ser explicados e na maior parte do tempo muito menos entendidos, mas por alguma razão eu ainda perdia muito do meu dia pensando em tudo isso.
A última vez que afirmei não me importar com sua presença, não sentir meu coração bater mais forte por ti e não entender como pude te amar tanto, foi a vez em que eu mais pensei o contrário, eu sei, tinha acabado de te ver tão bêbado que até falar comigo falou, deu em cima de pessoas próximas a mim e ainda comentou algo que já nos fez brigar no passado, eu tinha todos os motivos do mundo pra dizer as palavras com sinceridade daquela vez, mas por alguma razão não foi assim.
Eu sempre vi mais do que você mostrou, eu nunca fui apaixonada pelo que você fazia, dizia ser, ou coisa do tipo, eu sempre fui apaixonada pelo que você escondeu de todo mundo, pelo brilho que existia no fundo do seu olho, não era tão visível, era pequeno, mas me intrigava e quando eu olhava pra ele me apaixonava. Sempre soube que você podia escolher não dar importância pra esse brilho, e tinha certeza de que o deixaria escondido para sempre, estava certa, infelizmente, como eu queria estar errada...
Nos poucos momentos em que vi você demonstrar o que me deixava apaixonada deu os sorrisos mais sinceros e vivi o sentimento mais puro que eu imaginei, era como em filmes, eu pegava na sua mão e me sentia protegida, eu olhava em seus olhos e via um lugar seguro pra viver, e quanto nossos lábios se tocavam eu sentia seu coração batendo ao ritmo do meu e era como se não houvesse ninguém ao nosso lado, e tudo estivesse da forma como deveria ser: eu junto a você. E até nas conversas mais idiotas que a gente tinha eu era a pessoa mais feliz que conhecia, só detestava brigar com você, era ruim perceber que mesmo com esse sentimento bonito a gente conseguia se ferir.
Até que um dia acabou, meus lábios você nunca mais tocou, meu riso você nunca mais ganhou e nossas mãos, seguiram separadas e solitárias. Cada um lidou de uma forma com isso, você parece nem ter se ferido, e se sim, escondeu bem, como esconde todas as coisas maravilhosas em você, mostrou apenas indiferença, saiu da minha vida com facilidade e pareceu nunca olhar pra traz, nem ao menos ao olhar as estrelas se lembrar de tudo. Fez o que faz melhor continuou a viver como se não se importasse com nada.
Eu sofri por muito tempo, você lembra, eu te escrevia a todo o momento, precisava te dizer que iria te esperar, que acreditava em você e por muitas vezes me permiti ser colocada pra baixo por você, só pra ter o prazer de ouvir sua voz. Até que um dia, eu tentei fazer como você, consegui em partes, não escrevi mais, não fui mais atrás de você, segui meu caminho.
A única diferença é que quem olha pra mim, mesmo ouvindo minhas mentiras, sabe que eu ainda tenho você em mim, e que isso nunca vai passar. E quem olha pra você, nem sabe que eu existi.
No amor funciona assim, diferente pra cada um, e não é que um ame menos e o outro mais, mas sim que o amor existe em todos e pra todos. Por isso não me importo com minhas mentiras ditas por ai, prefiro elas a explicar um amor que ninguém consegue entender, afinal ninguém precisa entender, nem mesmo você, só eu preciso saber o que sinto quando a chuva toca o chão e me traz lembranças e só eu preciso sentir esse amor tão bonito mesmo quando deixou de existir.

Sobre o que somos.

Minhas ações não dizem quem sou.

Eu acho que te ouvi pedir uma chance, mas não estava ouvindo realmente, era difícil me focar em suas palavras quando em seus olhos mistérios se revelavam. Era como se pela primeira vez eu pudesse entender exatamente o que você sentia por mim e fiquei encantada, não havia exageros em seu sentimento, não tinha aquele drama, não tinha jogos, era simples e isso fazia meu coração se acalmar.
Não disse uma palavra, não deixei você acabar de falar, levei meus lábios pra perto dos seus e te beijei com calma, imaginando que aquele momento poderia durar a eternidade e mesmo que não durasse já seria bom o bastante pra provar que com um futuro ou não era sincero nosso sentimento, então valia a pena.
Depois daquele dia nunca mais nos vimos, estranho, após o momento mais lindo que tivemos cada um seguiu sua vida, nunca entendi ao certo, e quis sair correndo atrás de você, te ligar, aparecer de surpresa na sua porta, mas o que eu ia dizer? Que te amava? Nunca fui boa com as palavras, nunca sabia se elas eram as certas.
Mas o fato de eu não ter ido atrás de você, não significa que eu não sou alguém que sentiu algo por você, a minha falta de ação pode significar que eu achei que nossa breve história tenha sido tão linda que eu não quis ir atrás com medo de estragar.

Minhas palavras não dizem quem sou.

Por tantas vezes escrevi sobre o passado como se ele ainda fosse meu presente, às vezes até era, mas isso não é tudo. Tenho essa necessidade de escrever sobre o que me incomoda e o passado é sempre algo que me traz desconforto, talvez eu me importe demais com ele, mas não pelo motivo que todo mundo pensa, talvez nem pelo motivo que eu pense, o que eu preciso é de resposta, pra muitas duvidas que existem em mim, não sei se encontrarei, mas escrevo em busca disso.
Eu deixo de escrever sobre muita coisa também, às vezes começo e não termino, ou termino e apago, quer dizer que não me importo? Pelo contrário, talvez eu não termine com medo do ponto final, talvez eu apague por medo de alguém ver. Ou talvez isso tudo seja apenas bobagem da minha cabeça.
Eu só acho que não se deve levar as palavras tão a sério, elas são importantes, mas não são tudo, e o sentido delas pode mudar com o tempo, no meu caso isso é uma boa coisa, ou se não eu ainda estaria esperando por ele como prometido, com medo de mudanças e não seria nem metade do que sou hoje.

Não são as ações, as palavras e nem mesmo os silêncios que dizem quem somos.

Somos o que só a gente vê e escolhemos demonstrar em ações, palavras, silêncios, ou qualquer outro tipo de forma o que queremos que o outro saiba. Somos mais do que o outro pode ver, mas não podemos cobrar que eles entendam se não mostramos.
Você sabe exatamente o que é, o outro sabe apenas o que você se permite mostrar.